quarta-feira, 5 de junho de 2013

INUTIL:Isenção de impostos não reduzirá tarifas de ônibus, prevêem empresários

A recente isenção pelo Governo Federal dos impostos federais de PIS/PASEP e COFINS nas compras dos veículos utilizados nos transportes coletivos urbanos não implicará na redução das tarifas praticadas, segundo avaliação do Superintendente da Federação das Empresas e Transportes de Passageiros do Nordeste (FETRONOR).


FOTO:JOSENILSON RODRIGUES/ÔNIBUS BRASIL

Eiblyng Scardini. "Essa alíquota zero, isolada, não é suficiente à desoneração do valor da passagem, só possível através de esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipal", afirmou. Ele esclareceu ainda que a isenção correspondente a 3.5% dos custos não garante desconto proporcional na tarifa, pois representa apenas frações de centavos e para que seja atendida a expectativa de  redução por parte dos usuários, faz-se necessária a discussão em torno de componentes determinantes de custo, a exemplo de ICMS, óleo diesel e, sobretudo, INSS, dentro de uma política de valorização, com a priorização do sistema de transporte. 

Nesse contexto, Eiblyng lembrou que a busca de qualidade desse serviço, com mais conforto para a população, não são questões a serem tratadas apenas na proximidade de grandes eventos, como Copa do Mundo ou das Confederações. E citou como exemplo Brasilia, que foi concebida para ninguém andar de ônibus e hoje tem problemas de trânsito e imobilidade urbana, piores dos que os enfrentados nas ciades de Recife e Natal, com o aumento excessivo de veículos.
Combate à emissão de poluentes
Eiblyng destacou o aperfeiçoamento do Programa Despoluir, criado há sete anos em parceria com a Confederação Nacional do Transporte, responsável pela  avaliação dos gases emitidos pelos ônibus e que tem como meta criar uma cultura de responsabilidade ambiental no setor, contribuindo com os esforços mundiais visando à diminuição da emissão de CO2, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.
O programa assegura a regular aferição de 100% da frota de veículos, onde aqueles identificados acima do limite são retornados à garagem para regulação, seguida de nova  avaliação no opacímetro montado na descarga do veículo, que mede a fração visível dos gases de escapamento. "Além disso, passamos a utilizar como combustível na frota de Recife e brevemente em João Pessoa, o diesel S-50 que reduz bastante o teor de enxofre emitido no meio ambiente, o que significa uma redução de 15%  nos níveis de emissão desses gases", declarou.
O Superintendente da FETRONOR também voltou a cobrar ações mais efetivas dos órgãos estaduais e municipais, de combate aos transportes clandestinos de passageiros, que "matam" o sistema de transporte regular, gerador de emprego e renda. Para Eiblyng, essa atividade ilegal não oferece segurança nem responsabilidade aos que a exercem e tampouco, aos seus usuários. "Em caso de acidente, quem será responsabilizado ?", indaga.

FONTE:BAYEUX EM FOCO / PORTAL ÔNIBUS PARAIBANOS

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