Empresa fez unidades para o Rio e Minas, por exemplo, e tenta entrar em outros mercados.
FOTO:DIVULGAÇÃO
FONTE:BLOG ÔNIBUS BRASIL
As obras de corredores exclusivos de ônibus modernos – BRTs – Bus
Rapid Transit têm ritmos diferentes em cada cidade. Mas os objetivos são
os mesmos com soluções já comprovadas em todo o mundo: melhoria da
mobilidade urbana, redução de poluição, qualificação do espaço urbano
atendido, com um custo reduzido, respeitando os recursos públicos.
Em Belo Horizonte, o BRT MOVE BH, ainda não foi concluído, mas segundo a prefeitura, até maio deve ser inaugurado completamente.
No Rio de Janeiro, o TransOeste já opera, mas três corredores estão
nos planos. Uma fase do Transcarioca deve ficar pronta até junho e há
ainda o TransBrasil e o TransOlímpica, este com previsão para 2016.
No Distrito Federal, o Expresso DF Sul começou a ter os testes em abril.
Na cidade de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad promete 150
quilômetros de corredores de ônibus até 2016, mas dificuldades de
planejamento por parte do poder público, os entraves políticos com os
vereadores não votando pela segunda vez a lei que autoriza a readequação
de 66 vias para os espaços e questões jurídicas e administrativas, como
a não aprovação do início da licitação de 128 quilômetros pelo Tribunal
de Constas do Município e a queda de braço entre Ministério Público
Estadual e Cetesb junto com a prefeitura sobre as licenças ambientas
colocam em dúvida a realização da meta.
Apesar de cada cidade ter seu ritmo, o trabalho dos setores de venda das fabricantes de ônibus é acelerado.
Com atraso ou no prazo, boa parte dos projetos, muitos que já contam
com verbas liberadas pelo Governo Federal, vai sair do papel.
Uma das empresas que tenta se estabelecer nos serviços de BRT, seja com ônibus em linhas troncais ou em alimentadoras, é a Mascarello.
A encarroçadora, uma das mais novas do mercado, fundada em 2003, quer
ampliar os negócios e sabe que, mesmo com algumas instabilidades do
setor, o momento é agora.
E o principal modelo de aposta das Mascarello é o GranMetro, que pode ter diferentes versões.
A empresa já conseguiu comercializar unidades do veículo para os
sistemas do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Distrito Federal.
A região Nordeste agora é um dos focos da companhia com sede no Paraná.
A cidade de São Paulo é um mercado mais difícil para as encarroçadoras, com exceção da Caio/Induscar, do Grupo Ruas, que detém cerca de 70% dos transportes da cidade, tendo controle total ou sociedade nas empresas municipais.
Mas o Estado de São Paulo desperta interesse nas demais
encarroçadoras de olho nos BRTs prometidos para a região metropolitana e
de médias e grandes cidades do interior.
Os sistemas de BRT conta com veículos de porte menor, para alimentar
as linhas troncais, e os ônibus articulados, superarticulados ou
biarticulados.
Por contarem com mais tecnologia, os veículos de linhas troncais têm
maior valor agregado, o que aumenta o preço do veículo, sendo positivo
para a fabricante.
A Comil tem o Doppio BRT, a Caio apresenta como solução o Millennium BRT, o Viale BRT é o modelo da Marcopolo, e o primeiro veículo com denominação BRT foi lançado pelo Neobus, o MegaBRT.
Todos têm em comum um design mais moderno que os ônibus
convencionais, apresentam mais espaço e conforto para os passageiros,
são dotados de tecnologia mais avançada e podem trazer soluções de
mobilidade que podem aumentar a qualidade de vida nas cidades, já que um
transporte eficiente pode fazer com que mais pessoas deixem o carro em
casa, diminuindo os congestionamentos e a poluição.
Claro que mobilidade urbana é muito mais que os veículos. As soluções
em transportes vêm pelam implantação de sistemas multimodais
interligados. Mas não se pode negar que a qualidade dos ônibus é
fundamental nestes sistemas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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