Votação foi simbólica e segue para prefeitura. Para autor da proposta, medida não surte mais efeito na cidade.
FOTO:DIVULGAÇÃO
FONTE:BLOG ÔNIBUS BRASIL
Em votação simbólica, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou na
noite desta quarta-feira, dia 28 de maio de 2014, o fim do rodízio
municipal de veículos.
O PL PL 15/2006, do vereador Adilson Amadeu (PTB), segue para sanção ou veto do prefeito Fernando Haddad.
A assessoria de imprensa da prefeitura diz que o executivo espera a chegada da proposta para análise.
O vereador afirmou que apresentou o projeto porque, na visão dele, o
rodízio não consegue mais seus objetivos que são reduzir a poluição e os
níveis de congestionamento.
A Câmara Municipal de São Paulo, em nota, diz que, segundo o
vereador, o rodízio estimulou o paulistano a comprar um segundo carro:
“Segundo o projeto, a lei que implementou o rodízio foi criada
para combater o problema de poluição ambiental na Capital, mas o
crescimento da utilização de carros bicombustíveis (flex) tornou a frota
menos poluente. O vereador argumenta também que a lei “incentivou” os
paulistanos a adquirirem um segundo veículo, geralmente mais antigo e
mais poluidor — para burlar o rodízio. Para Amadeu, a medida não tem
mais efeito no trânsito de São Paulo. “Quando o rodízio foi implantado,
não tinha o número de carros que tem hoje. A gente percebe que a classe
média alta tem hoje dois, três carros na garagem para circular nos dias
de rodízio. O reflexo [do rodízio] é zero”.
O vereador ainda acrescentou que em São Paulo circulam 2,5 milhões de
veículos por dia de maneira irregular sem qualquer tipo de
fiscalização, inclusive sobre rodízio.
Especialistas, no entanto, defendem a manutenção da restrição dos
veículos de acordo com os finais das placas e dizem que o projeto segue
em direção oposta das políticas de mobilidade urbana que tendem a
desestimular o uso do transporte individual e privilegiar o transporte
coletivo.
A prefeitura de São Paulo anunciou que quer expandir a quantidade de
vias que passarão a ter o rodízio. Assim, dificilmente a proposta deve
passar no executivo.
A votação foi rápida, demorou menos de um minuto. Votação simbólica
não quer dizer que ela não tem valor, mas sim que não houve registro
nominal dos votos.
Em votação simbólica, vários projetos são apreciados de uma vez só.
Se a votação fosse nominal, somando as bancadas do PSD, do PSDB e do
PT, que reúnem 27 dos 55 vereadores, o projeto não teria aprovação.
A forma como foi conduzida a votação foi considerada uma estratégia
por parte dos vereadores que são contrários ao fim do rodízio. Eles
alegaram que o projeto não deveria ser apreciado em votação simbólica.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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