sexta-feira, 3 de maio de 2013

A História da encarroçadora CIFERAL - Parte IV

A Ciferal é uma encarroçadora de ônibus brasileira. A empresa foi fundada em 1955, e instalou-se primeiramente em Ramos, na cidade do Rio de Janeiro e, em 1992, transferiu-se para Xerém, no município de Duque de Caxias. Em 2001 foi adquirida pela empresa Marcopolo.



FOTO:HERON JUNIOR / ONIBUS PARAIBANOS.COM - "PARAIBA BUS TEAM"

FONTE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciferal

História

Quem fundou a Ciferal foi Fritz Weisseman, um austríaco que chegou ao Brasil ainda jovem, em 1927, quando sua família mudou-se para o Brasil. A empresa fabricou o primeiro ônibus urbano em 1957 e o primeiro ônibus brasileiro com ar condicionado individual para os passageiros. Em 1961, segundo o site Railbuss.com, a encarroçadora conquistou seu primeiro grande cliente, a Viação Cometa, que não podia mais importar ônibus dos Estados Unidos, devido à política de restrição de importações que começou naquela época.

A empresa tem destaque no mercado por ter sido uma das primeiras do país a usar duralumínio (uma liga metálica com base no alumínio) na carroceria. No início dos anos 70, a empresa juntou-se às encarroçadoras Cribia e Metropolitana - esta, fundada em 1948 pelo próprio Fritz Weisseman. A Metropolitana, porém, foi vendida à Caio anos depois.

A Ciferal chegou a ser estatal, nos anos 80, quando foi protagonista de uma crise financeira. A crise teve auge com o cancelamento de um pedido de 2 mil trólebus (ônibus elétrico) encomendado pela CMTC, empresa municipal de ônibus de São Paulo. Antes, a empresa deixou de produzir as encomendas da Viação Cometa - conhecidos como Dinossauro - levando-a a criar uma encarroçadora própria, a CMA, e levando profissionais da CMA para fabricar os ônibus customizados da empresa. Com a crise, o governador Leonel Brizola decidiu pela compra da Ciferal. A fábrica desenvolveu jardineiras - ônibus especiais para passeios turísticos em praias - e ônibus novos para a CTC-RJ, estatal de ônibus.

Há uma história não confirmada segundo a qual os modelos de ônibus, baseados no projeto Padron, desenvolvido em 1979, foram apelidados de Briza, em homenagem ao governador. A crise teve ainda uma espécie de cisão, quando sócios da Ciferal abriram a Ciferal Paulista, uma espécie de filial da Ciferal em São Paulo. Do mesmo modo, em Pernambuco, surgiu a Reciferal (que ficava no Recife). Os carros da Ciferal Paulista e da Reciferal tinham diferenças de acabamento em relação aos modelos Tocantins da Ciferal, basicamente em lanternas e desenhos de tampas do motor. Porém, a Ciferal Paulista foi rebatizada posteriormente de Condor e em seguida e Thamco e atualmente a Ciferal Paulista é a gaúcha Neobus San Marino.

Essa questão, creditam analistas da época, foi crucial para a crise da encarroçadora, que teve mais concorrentes no mercado.

Na década de 90, a empresa se muda de Ramos para as instalações da antiga Fábrica Nacional de Motores (FNM), em Xerém (RJ). A empresa foi privatizada na década de 90, ao ser comprada por empresários de ônibus que eram clientes antigos da empresa.




Modelos Marcopolo produzidos na fábrica


Torino
Viale

Modelos descontinuados

Urbanos


Urbano ou Leme (1970-1976)
Tocantins (1976-1983)
Fenix (1983-1986)
Padron Alvorada (1986-1991)
Padron Rio (1991-1994)
GLS Bus (1994-1997)
Padron Cidade I (1997-1999)
Padron Cidade II (1999)
Turquesa (2000-2002)
Citmax (2003-2009)

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